Primavera, sorridente,
Apareceu, pela manhã;
Veio alegrar a gente,
No buliçoso afã.
Primavera:
Março, sol, flores,
A natureza sincera,
Com tudo para dispores.
A brisa leve, desperta,
Lembra que foi o inverno,
E que a terra é deserta,
Se a abandonar o Eterno.
A flor, teimosa, já brota,
Apesar do duro frio:
Quer prover de dons a frota
Necessária, no estio.
A folha muda de cor,
Assim, ao clima resiste;
Para o fruto ser melhor
E o homem não ficar triste.
Vê as nuances do campo,
Que o pintor na tela imprime;
Apesar de esforço tanto,
Qual deles é mais sublime?
Quem poderia ir além,
Da obra do Criador?
Se o homem talento tem,
Deus lho deu, para dele dispor!
E o bando de avezinhas
Foi entrando a chilrear:
Eram aspirações minhas
Ver leves, as criancinhas,
Lançando alegria ao ar.
Uma chegava dali,
Outra vinha mais de além
E logo me apercebi
Que, o rosto das que eu vi,
De alegria era também.
Respiravam primavera:
Flores, sol, de aves o canto
Pairava na atmosfera;
Dentro delas, alma vera
Enchia tudo de encanto!
E a escola as esperava,
Com certa ansiedade;
De vazio fatigada,
Já se postava à entrada:
Acolher bem, ela sabe!
Tem muito para ensinar
A quem tem aberta a mente,
Mas, se indiferença há no ar,
O que pode colmatar
A pobre, por mais que tente?
Muda hoje a natureza:
Vamos com ela, também!
A seu modo, ela reza,
Ao Deus que lhe dá beleza
E a trata assim tão bem!
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