AS CASTANHAS

Não pode usar de manha, 

Como em anos anteriores, este ano as condições meteorológicas autorizaram-nos a fazer o magusto no campo. É que já o temos feito em casa e não tem nada a ver. É muito mais divertido fazê-lo em contacto com a natureza.

Tudo preparado, a marcha teve início. Iam tão organizadinhos os nossos alunos, que nem pareciam eles! Mas o barulho, fruto do entusiasmo que os dominava, era um tanto ensurdecedor! Paciência! Deram vida à aldeia que mais parece uma massa amorfa.

A chegada à Ramalheira não tardou, até porque é relativamente próxima da povoação. E, coisa curiosa, parece que o vento era mais irrequieto no vale do que no alto da colina. Foi bom, porque estávamos com receio do lume.

Acendeu-se uma fogueira para cada Ano de Escolaridade e dividiram-se as castanhas. Começou a festa, que foi maior nas pinturas do que propriamente na degustação das castanhas assadas. Esta gente nova, se não se autorizam a enfarruscarem-se, nem lhes parece magusto!

Depois das castanhas veio o lanche. Não sei se foi a primeira vez que não comeram as sandes todas. Nos anos anteriores, houve alguma dificuldade em saciar a multidão! Mas este ano, até as bananas recusaram, só o chocolate não escapou.

O frio começou a sentir-se, logo que o sol iniciou a descida para o horizonte e não houve remédio senão regressar à escola, onde os pais já esperavam e tiveram alguma dificuldade em reconhecer os seus filhos. Afinal, tudo correu normalmente, como estava planeado!

Depois de tanto pesquisar, de tanto esperar, tivemos, finalmente, no dia 02 de Novembro, acesso a umas listas de escolas, onde encontrámos também a nossa. Este ano ficou um pouco mais abaixo que o ano passado. Coube-nos o segundo lugar, no distrito da Guarda. Foi pena, mas só se os resultados são sinónimo de falta de conhecimentos, porque, tendo a ver com o factor sorte, o problema não é grave. É com prazer que felicitamos a escola que se situa no 1º lugar, a escola Dr Guilherme Correia de Carvalho, de Seia: PARABÉNS e toca a trabalhar para os próximos, que é o que nós vamos tentar fazer, não para atingirmos o topo do ranking, mas para adquirirmos o máximo de conhecimentos em todos os campos. Bem precisa a nossa sociedade de gente de valor que a conduza ao progresso e leve os cidadãos ao bem estar físico mental e social, ao respeito pelo outro, à tolerância, à solidariedade e à vivência dos valores cristãos, que andam cada vez mais esquecidos.